sexta-feira, 30 de março de 2012

CAUSA AC estreia nova produção em Roma Teatro Tor Bella Monaca espectáculo vencedor do Festival Teatri del Sacra LUCCA Italia Il ponte di Pietre e la Pelle D'immagini de Daniel Danis Com Laura Nardi e Lino Musella

quinta-feira, 26 de março de 2009

Conferência de um macaco na Universidade Nova de Lisboa


Na próxima quarta-feira, dia 1 de Abril, às 18 horas, no Auditório da Biblioteca da Universidade Nova de Lisboa (Campus de Caparica), A Causa apresenta Conferência de um macaco, um espectáculo em homenagem ao Ano de Darwin.

Conferência de um macaco é um monólogo baseado no Relatório a uma Academia de Franz Kafka, com tradução, adaptação dramatúrgica, encenação e interpretação de Amândio Pinheiro.

O espectáculo faz uma abordagem literária do legado de Darwin através da história de um macaco, narrada na primeira pessoa, que em cinco anos deixa de o ser.

Através da descrição do percurso do macaco desde a sua captura em África até chegar a um nível de cultura e urbanidade de um europeu, Conferência de um macaco propõe ao espectador uma perspectiva insólita sobre as questões do evolucionismo.

Com muito humor e uma certa dose de crueldade, o texto é um mergulho frio e consciente no mistério que é a passagem dos primatas ao homo sapiens sapiens, da irracionalidade à racionalidade, da animalidade à humanidade e da natureza à cidade.

O espectáculo insere-se no evento A rEvolução Darwiniana da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Nova de Lisboa (UNL) para celebrar o Ano de Darwin. O evento, que teve início a 4 de Março conta com várias actividades desde conferências e debates, exposições, instalações, mostra de vídeos e teatro.

No ano em que se celebra os 200 anos do nascimento do naturalista inglês Charles Darwin e os 150 anos da publicação da sua obra A origem das espécies, a FCT pretende com este evento não só mostrar a importância do conceito de evolução para a sociedade como também esclarecer e desmistificar temas científicos.

Com 45 minutos de duração, o espectáculo Conferência de um macaco fecha o ciclo de teatro do evento A rEvolução Darwiniana da FCT.

Ficha técnica:
A partir da obra de Franz Kafka
Tradução, encenação e interpretação: Amândio Pinheiro
Desenho de Luz: Filipe Pinheiro
Vídeo: João Leal e Zé Pedro Magano
Produção: Maria Sangreman

Conferência de um Macaco


É um monólogo que nos conta a incrível história de um macaco que em 5 anos deixa de o ser. O ex-macaco apresenta-se perante nós vestido com um fraque no apogeu da sua carreira, dá uma conferência a uma Academia. Descrevendo em linhas gerais o seu percurso — desde a captura em África, passando pelo circo, pelos espectáculos de variedades e pela educação intensa e concentrada que recebeu — até chegar ao presente, ou seja: a um nível de cultura e urbanidade de um Europeu.
É um texto com muito humor, e uma certa dose de crueldade que coloca o espectador numa perspectiva insólita perante as questões do evolucionismo. Não é um texto didáctico e não vincula conhecimentos científicos exactos, mas naturalmente é um modo literário de abordar o legado de Darwin, que seguramente Kafka conhecia e leu, sintetizando as suas teorias num genial conto na primeira pessoa.
Na conferência que o ex-símio pronuncia, dando conta da sua experiência pessoal, assistimos de facto a uma amalgama concentrada dos próprios mecanismos da evolução. É um mergulho frio e consciente no mistério que é a passagem dos primatas ao homo sapiens sapiens, da irracionalidade à racionalidade, da animalidade à humanidade, da natureza à cidade...

terça-feira, 10 de março de 2009

segunda-feira, 9 de março de 2009

Terra 8


O planeta Terra nas suas 8 facetas mais controversas: energia, água, trabalho, mobilidade, demografia/migração, línguas, saúde, guerra. Uma incursão pela geografia e história do mamífero evoluído que domina esse ínfimo terceiro pedaço de rocha a contar do Sol. Quatro actores, quatro nómadas, quatro contadores de histórias.

Sobre o espectáculo:

Terra 8 é um espectáculo que aborda o homem e o meio onde ele age. O seu conteúdo foi agrupado em oito blocos temáticos escritos por Paulo Moura: jornalista/repórter do jornal Público, com uma vasta experiência de reportagem em variadíssimos pontos do mundo, e que frequentemente no seu trabalho aborda estes temas transversais a toda a actividade humana.
O texto deste espectáculo tem como ponto de partida o modo como percepcionamos a realidade através dos media. Usa ferramentas insólitas em teatro, como sejam a estatística e histórias de pendor jornalístico (em alguns casos ficcionadas) aqui empregues de modo a enquadrar o homem num planeta onde urge pensar o desenvolvimento com sustentabilidade. Através do teatro, da música e da imagem vídeo, em Terra 8 desejamos fazer denúncia apoiando-nos na dúvida. Não queremos dar respostas, mas sim abrir à discussão os problemas, expondo-os ao mais variado número possível de soluções. Não pretendemos dar uma visão pessimista do estado do planeta e seus habitantes, mas antes contribuir para a ideia de que é possível, a todos, colaborar na resolução dos seus principais problemas.

espectáculo para maiores de 12 anos
contacto: 91 985 6613 / causa.ac@gmail.com

A CAUSA



Com sede em Vila das Aves o colectivo CAUSA.AC nasce ainda de modo informal com uma série de elementos, ligados a várias áreas e instituições culturais.
A primeira experiência efectiva foi em 2005 com a realização do espectáculo "Os últimos dias de Sócrates" em co-produção com o Teatro da Trindade com financiamento do IA e da F.C.Gulbenkian, realizado no Borboletario do Rei, no Jardim da Tapada das Necessidades e no inicio de 2006 no Teatro da Politécnica em Lisboa.
Este projecto prossegue, ainda nesse ano, com um laboratório teatral na Escola da Ponte/Vila das Aves (alunos do 1º ciclo dedicado aos "Pré-socráticos" e com os do 2º ciclo dedicado à "Filosofia depois de Platão", com apresentação pública final no Cine-Aves.
Em 2006 o colectivo dá seguimento ao espectáculo dedicado a Sócrates (utilizando a mesma cenografia e elenco bem como estrutura dramatúrgica) e co-produz com o Teatro da Trindade e com o TNDMII, "Os últimos dias de Giordano Bruno" e "Os últimos dias de Galileu" no Teatro da Politécnica, no Teatro Aveirense e em digressão pelo país em escolas secundárias.
Nesse ano e de novo em colaboração com a Escola da Ponte (eleita em 2007 uma das 5 melhores escolas de ensino básico do mundo) realiza outro laboratório teatral a a partir de "A quinta dos animais" de George Orwell, com apresentação pública no Centro Cultural de Vila Das Aves.
Em 2007 dá-se também início à primeira internacionalização com a produção para o "Festival Teatri delle Mura" em Pádua (Itália), do espectáculo "La Muraglia Cinese" de Franz Kafka. De seguida sempre à volta de Kafka apresentou-se "K" no Centro Cultural de Vila das Aves, espectáculos que ainda se encontram em repertório.
Na passagem de 2007 para 2008, a CAUSA.AC em colaboração com os pelouros da cultura de 13 Câmaras Municipais da Área Metropolitana do Porto, da CP e do Metro do Porto, leva a cabo o seu projecto mais ambicioso "Conto de Comboio". Durante um mês realizam-se leituras diárias de vária índole (de manhã e ao fim da tarde de 2ª a 6ª) simultaneamente em 5 linhas de comboios suburbanos do Porto. 432 leituras durante um mês puseram-nos directamente em contacto com cerca 15.000 espectadores.
Após esta experiência bem sucedida a CAUSA.AC trabalha actualmente na continuação e alargamento do "Conto de Comboio" num formato mais elaborado a outros centros urbanos em Portugal e no estrangeiro.
Em Junho 2008 vence o concurso de apoio a espectáculos para a edição do “Serralves em Festa 2008” com um espectáculo para crianças, feito também por crianças juntamente com actores e músicos profissionais chamado: "O caçador e a Fada".
Janeiro 2009 realiza-se o laboratório com espectáculo final “Noite de Reis” a partir da obra de Charles Dickens.
Em Janeiro 2009 estreia no Centro Cultural de Vila das Aves "Terra 8" de Paulo Moura, projecto financiado no concurso Pontuais/Teatro da DGartes espectáculo que actualmente se encontra em digressão.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

O caçador e a fada em Serralves


Foi depois do ensaio de "O Caçador e a Fada", projecto apresentado pelo Colectivo Causa A.C. no concurso lançado pelo Serralves em Festa 2008, que o SE7E conversou com Amândio Pinheiro. Em nome do grupo falou do espectáculo que é dirigido aos mais novos e que aborda o mundo mágico das fadas, dos duendes e dos seres que habitam a natureza. Mais do que um teatro de rua, o espectáculo pretende consciencializar os petizes para a necessidade de preservar a natureza.

Quem é o Colectivo Causa A.C.?
O Colectivo Causa A.C. existe há uns anos, mas de uma maneira informal. Nasceu de um grupo de pessoas, quase todas originárias de Vila das Aves, ligadas à cultura e que trabalham nos mais variadíssimos locais como o Teatro Nacional D. Maria II, que é o meu caso, a Casa da Música ou o Teatro Nacional São João. No fundo, somos uma série de técnicos, de criadores e de artistas que decidiram a certa altura formar um colectivo que lançasse projectos. A particularidade da nossa associação é que uma grande parte de nós está espalhada por todos os lados, inclusivamente no estrangeiro, o que quer dizer que muito raramente estamos todos juntos, ou seja, encontramo-nos quando o projecto acontece. Cada um de nós tem uma função específica dentro do processo de criação e vamos elaborando os projectos à medida que eles vão surgindo.

Foi o que aconteceu com este espectáculo criado para o Serralves em Festa?
Sim. Houve um concurso, decidimos candidatar-nos e quisemos fazer um projecto especificamente para Serralves. Para o Parque. É feito a pensar nestes jardins, nestas árvores, neste percurso, neste ambiente e, portanto, criamos de raiz um espectáculo para crianças ou para adultos que continuem a ser crianças.

Qual a razão para terem escolhido o tema das fadas e de que forma são recrutadas as crianças que participam no espectáculo?
Uma parte são familiares, a outra vem de uma escola da Ponte, de Vila das Aves. Trata-se de um projecto educativo famoso em todo o mundo, com a qual já trabalhámos e temos vindo a colaborar. Fomos buscar pessoas com quem já tínhamos feito ateliês, miúdos que já conhecíamos e outros que não, além de termos também incluído no nosso projecto músicos. Essencialmente, a filosofia do espectáculo passa por recordar aquelas fugas de casa à noite para dar um belo passeio no meio das árvores e, por isso, decidimos reunir toda uma série de elementos e de actores profissionais para criar um percurso com algumas cenas dramatizadas. Já por si a sensação de ter uma lanterna na mão e andar no meio do escuro é um espectáculo e será o regressar do adulto ao passado, ao mesmo tempo que será também uma sensação fortíssima para as crianças das cidades que hoje em dia já não vivem muito estas experiências. Actualmente, vivemos emersos na luz, nos neons, nos carros, na agitação e nunca ouvimos a natureza de noite e, portanto, é esse ambiente mágico que queremos criar. Qualquer pessoa, por muito céptica que seja, quando é colocada no escuro, qualquer coisa lhe virá à cabeça e existem uma série de sugestões que a própria natureza induz. Nesse sentido, fomos buscar a tradição celta das fadas, dos duendes, de todos os seres mágicos que teve ao longo do tempo autores e poetas que descreverem estes mundos que agora decidimos colocar em determinados pontos do nosso percurso.
Ler entrevista no jornal Primeiro de Janeiro